terça-feira, 28 de setembro de 2010

0012

Em seu pé de manga ele era o rei. As mangas já madurinhas de chupar. E ele e os meninos, todos homens, lembrando daqueles longos e bons dias.

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Depois de carregar todo o material aquela mochila parecia cansada. Mas sentia-se feliz com alegria de quem a puxava por entre pedras e lama.

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www.algumacoisa e sempre no Br. Ela clicou. Copiou a receita rapidamente para seu caderninho e seguiu para a cozinha. Talvez arroz à grega.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

0009

Tomate doce com arroz sem óleo era um luxo depois dos infernais dias a folhas e raízes. Acabou sobrevivendo heroicamente. Ao jantar, é claro.

0008

Sem nuvens e sem chuva. O sol brilhou depois de tantos dias escondido. Logo e breve a poeira da estrada estaria no meu rastro de seca lama.

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Estava convicto esperando sua vez para votar. Percebeu que estava sendo observado e nem percebeu a compra do seu voto. Mas, ficara vendido.

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Um bife, algumas folhas de alface e arroz com feijão. O prato estava bonito, mas fome não era o que ele sentia naquele momento. Queria mesmo rir.

domingo, 26 de setembro de 2010

0005

O guarda chuva levava seu dono pra casa. Um ia sorrindo e o outro se molhando. Quem sorria? Homem? Guarda chuva? O homem é quem se molhava.

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Pingo, espaço, pingo, pingo, espaço, pingo, espaço. Não é fácil entender, mas a chuva sempre tem algo a dizer se a janela estiver fechada.

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Estava quase acabando quando, prevendo o pior, cobri a cabeça com a coberta. O colchão na sala encolheu e ouvi o grito de gol. De falta foi a derrota.

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Naquele dia de chuva, da janela pude avistar perfeitamente o pequeno barco e todos os seus tripulantes em mais uma aventura. Dia incrível e perigoso

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Na sala da justiça, atrás de um grande armário, ouviam-se gemidos estridentes. Apenas uma gata no sio e um morcego com ejaculação precoce.